Cheirinho de livro novo

10/11/2015
Não tenho nem palavras para expressar todo o meu amor por livros e por isso me identifiquei muito com esse texto que vi lá no Depois dos Quinze. Espero que vocês gostem, ele expressa realmente tudo o que eu sinto e faço haha

Você esperou um tempo enorme por esta continuação. Várias vezes, fantasiou o final perfeito para o personagem principal, o destino inusitado que o vilão merecia e as tantas respostas em aberto que o autor deixou para resolver ali, perto da última página. As teorias estavam todas em sua mente, esperando pelo desfecho que iria comprová-las – ou não.
Durante várias aulas, sua atenção viajou para o enredo fantasioso da história que você levava na mochila. E a vontade de pegar o livro e lê-lo bem ali? Era melhor não arriscar. Perdê-lo não parecia uma opção considerável. Tudo menos isso! Mesmo com os empecilhos, sua mente continuava presa na aventura da personagem principal, em seus amores-nada-resolvidos e em todos os dramas a resolver. Até parece que vocês estavam enfrentando tudo juntas. Você, leitora, como peça fundamental da trama que se desenrolava no papel.
O momento certo para lê-lo envolvia todo um de ritual especial. Correndo para colocar o pijama quentinho, você fazia um chocolate quente ou preparava o suco com gelo (ué, tudo depende do clima!). Se aconchegava da melhor forma possível no espaço mais confortável de casa e, pronto, finalmente era hora de virar a página. Quem é que precisa de festas, mesmo? Não havia sensação melhor.
Tudo bem, eu conheço o seu segredo. Você deixou o livro de lado, guardou-o na gaveta da mesinha de cabeceira e fingiu que ele não estava lá. Tudo isso só para não ter que acabar de lê-lo de uma só vez. É claro que você poderia reler quando quisesse, mas a primeira leitura é sempre a mais marcante. O primeiro confronto, com todas aquelas palavras juntas, que faziam um sentido completamente novo para os seus olhos (e também pro coração). A surpresa com a sequência dos acontecimentos, as primeiras risadas com as partes mais engraçadas dos capítulos. Depois de um tempo, você decorou todas.
Em conversas, você dizia que a história era mesmo muito boa. Anotou as frases mais bonitas em seu caderno e elas viraram uma porção de legendas nas fotos do seu Instagram. Mas, opa! Fez propaganda demais… Ao menor questionamento se poderia emprestar ou não, já surgia um arrependimento: poxa, mas e se as orelhas da capa ficarem alargadas? E se as páginas dobrarem? E se, ai não, acabar caindo café em cima? Tudo bem, tá certo. Vale a pena desapegar de uma história boa dessas se for para ela tocar outra vida também.
Mas você só empresta se a pessoa prometer cuidar do livro assim como você cuida. Se importar com a obra como você se importa. Se envolver tanto quanto você se envolve. E, bom, seria ótimo se o livro continuasse com cheirinho de novo… É pedir demais?
Autora: Au Sonsin , texto lido aqui!

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